O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de Santo André deverá ganhar ainda neste semestre escola para treinamento dos socorristas. Atualmente, os funcionários são submetidos a cursos na Escola da Saúde Doutor Eduardo Nakamura, na Praça do Carmo. O local, no entanto, não possui área específica para atividades práticas, como simulações de atendimento. O prédio também é usado por outros profissionais de Saúde da cidade de Santo André.
O centro de treinamento, que ainda está em fase de licitação, irá funcionar na base do Samu, localizada no Jardim Las Vegas. A estimativa do secretário de Saúde Homero Nepomuceno Duarte é que o equipamento custe à Prefeitura R$ 1 milhão, aproximadamente.
“Será criada uma sala de situações, onde os funcionários irão simular o atendimento às vítimas e praticar procedimentos como entubação e regulagem de equipamentos”, explica o titular da Pasta. As simulações serão feitas em bonecos. Todos os funcionários do Samu – mesmo motoristas – serão submetidos às aulas práticas regularmente. Ainda não foi definida, entretanto, a periodicidade com que os cursos serão aplicados.
Segundo Duarte, Santo André será a primeira cidade do Grande ABC a contar com equipamento desse tipo. Outros municípios, como a cidade de São Paulo, já possuem centros de treinamento nos mesmos moldes.
Em cada período de 12 horas, o Samu de Santo André coloca nas ruas 11 motoristas, nove auxiliares de enfermagem, dois enfermeiros e dois médicos. Na Central de Regulação, a equipe conta com três médicos, dois operadores de rádio e três técnicos auxiliares.
O secretário informa que irá contratar em breve mais 40 profissionais, entre condutores e auxiliares de enfermagem. No dia 12, o prefeito Carlos Grana (PT) irá entregar seis ambulâncias ao Samu, sendo três para reforço de frota e outras três para reserva técnica, que serão colocadas nas ruas quando os outros veículos estiverem fora de circulação.
Duarte afirma também que está providenciando o reequipamento do Samu. No ano passado, o Diário denunciou danos nas viaturas e falta de equipamentos para atender as vítimas. Entre os principais problemas apresentados estava a inoperância dos desfibriladores – utilizados para reanimar pacientes com quadro de parada cardíaca.
Em maio, os funcionários do órgão estavam sem comunicação com a central via rádio, devido a problemas na rede da operadora Nextel. Os comunicadores das ambulâncias também ficaram inoperantes. Dessa forma, os socorristas tinham de falar com o médico por meio do celular particular.
A Prefeitura informa que, a partir deste ano, passou a investir R$ 4,6 milhões por ano na Central de Regulação. Segundo a administração municipal, o valor investido até 2012 era de R$ 2,4 milhões.
Prefeitura fará reforma no Centro Hospitalar
O CHM (Centro Hospitalar Municipal) de Santo André, na Vila Assunção, passará em breve por reformas e ampliações de alguns setores. No fim de abril, o número de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para adultos será dobrado, passando de 17 para 34.
Também faz parte do projeto da Prefeitura de Santo André ampliar a capacidade da enfermaria, que passará a atender casos de ortopedia.
O secretário de Saúde da cidade, Homero Nepomuceno Duarte, ressalta que também serão feitas obras na cozinha e no sistema de ventilação do prédio por meio de ar condicionado. “São serviços que não aparecem para o paciente, mas são muito importantes para o funcionamento do hospital”, avalia.
MEDICAMENTOS
Na quinta-feira, o prefeito Carlos Grana (PT) assinou resolução para liberação de mais sete remédios gratuitos para pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde). Do total, três são para a próstata, um para osteoporose, um para a Saúde Mental e um ginecológico. O prazo para que os medicamentos cheguem aos postos é de 90 dias.
Fonte: Diário do Grande ABC