Câmara de Santo André aprova Orçamento e Plano Diretor

A última sessão de 2011 da Câmara da cidade Santo André ficou marcada por ser uma das mais longas dos últimos anos. Após quase sete horas, o Legislativo aprovou nesta terça (6) os dois principais itens da pauta no final do ano. Plano Diretor e Orçamento receberam por unanimidade o aval da Casa. Entretanto, a sessão foi extremamente conturbada. O principal entrave ficou por conta das mais de 100 emendas que constavam nos itens a serem votados.

Ao longo dos trabalhos, era evidente o clima de “bate cabeça” por parte da bancada de vereadores e Executivo, representado pela figura do secretário de Gabinete, Nilson Bonome. Mesmo após um princípio de acordo, que culminou com uma retirada de emendas em série, o desentendimento entre os parlamentares continuava claro. O problema, segundo a presidência, ficou por conta de uma série de emendas indicadas incorretamente – cerca de 80%. “Elas tinham a rubrica errada. Muita gente fez a indicação de maneira equivocada”, afirmou o presidente da câmara, José de Araújo (PMDB).





A rubrica, neste caso, diz respeito à origem da verba apontada para os projetos. Cada parlamentar tem direito a R$ 210 mil em emendas no orçamento municipal. Antes da votação, os textos sequer foram discutidos ou lidos, algo comum em matérias que tramitam na Casa. Por parte do governo, a turbulência foi encarada como uma quebra de acordo, levando em consideração que os projetos foram discutidos por mais de duas horas a portas fechadas. “Foi unânime, mas o que não era acordo o governo vai vetar”, garantiu Nilson Bonome. Orçamento e Plano Diretor contaram com 42 e 25 emendas, respectivamente.

Influência

Além do longo período em sessão, chamou atenção de todos a atuação de Nilson Bonome naquela que pode ter sido a despedida do secretário na articulação com o Legislativo andreense. Inquieto e visivelmente contrariado com as constantes mudanças no número de emendas a ambos os projetos, Bonome participou de perto da votação. Outro que acompanhou a aprovação dos textos foi o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Frederico Muraro. Ele afirmou que apesar de apenas um quarto das emendas (que antes chegava a 100 sugestões) ter sido aprovada, as matérias foram consideradas de certa relevância. “Elas vão agregar valor ao Plano Diretor”, disse.

Fonte: Repórter Diário





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