A reivindicação dos ADIs (Agentes de Desenvolvimento Infantil) de Santo André por redução da jornada de trabalho está distante de ser atendida pelo Executivo. A categoria, composta por 580 integrantes que prestam serviços nas creches, pleiteia a diminuição da carga semanal de 40 para 30 horas. Contudo, a Prefeitura de Santo André sustenta que a demanda se torna inviável por conta das limitações de mudanças devido à legislação eleitoral.
A administração Aidan Ravin (PTB) informa que há obstáculos alheios à alçada do município, os quais impedem o atendimento do pleito em ano eleitoral. Segundo o Paço, caso a exigência fosse acatada, seria preciso aumentar o quadro em 150 ADIs. O governo, apesar de sensível ao pedido, fica impedido legalmente de criar os cargos.
O coordenador do departamento de imprensa do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos de Santo André), Aylton Affonso, avaliou que o argumento da ilegalidade não faz jus mediante à continuidade da mesa de negociações. “Se eles (Prefeitura) estivessem certos de irregularidade teriam fechado as conversas. A diminuição não expõe necessidade de contratações de outros profissionais. Do nosso ponto de vista é possível”, disse, adiantando que haverá reunião no Paço terça-feira. Recentemente, a Prefeitura propôs a composição de comissão para estudos de viabilidade.
O Sindserv considera que a medida se faz necessária para humanizar o trabalho, que, por oito horas seguidas, nos cuidados de até trinta crianças, é extremamente desgastante e estressante. “Por isso, a quase totalidade das prefeituras, que têm esses profissionais nos seus quadros nas creches, já pratica a jornada de seis horas diárias”, afirma, por nota.
Fonte: Diário do Grande ABC