Foram necessários três anos de cursinho na cidade de Santos André e 12 horas de estudos de segunda a sexta, mais algumas horinhas aos sábados, para Carolina Naomi Segawa, 20 anos, de Santo André, realizar o sonho de cursar Medicina na Universidade de São Paulo. O esforço ainda lhe rendeu o primeiro lugar na Unesp e vagas na Unifesp, Famerp, Ufpel, PUC-Campinas e PUC-Sorocaba. Para ela, disciplina, foco, apoio da família e fé foram responsáveis pela conquista.
“Se é sonho vale a pena lutar”, diz Carolina. Decidida e boa aluna, seu maior desafio sempre foi controlar a ansiedade e a tensão na hora das provas. “Trabalhar o emocional é importante, assim como o descanso”, afirma. Nesse tempo, o lazer ficou de lado. “Às vezes tem de abrir mão de algumas coisas.”
Carolina acredita que é comum rolar pressão no Ensino Médio. Segundo ela, é fase em que não dá para ter noção da concorrência e que não há maturidade suficiente para fazer escolhas certas. “Por isso, é essencial conhecer as faculdades. Só estando lá para sentir o clima.”
Outro conselho é não se desesperar com a quantidade de matérias para estudar. “É preciso ter foco e não sair lendo tudo de uma vez. Entenda as áreas que tem mais dificuldades. Simulados ajudam porque dá para analisar o que errou”, garante.
Carolina também recomenda fazer cursinho e discorda quando dizem que só atrasa a entrada na faculdade. “Para mim foi bom, porque descobri que a quantidade de horas de estudos não é o que faz a diferença e sim a qualidade.” A hora de fazer o cursinho na cidade Santo André também varia. “Não conseguiria fazer o Ensino Médio ao mesmo tempo, mas tenho amigos que fizeram e passaram”, diz.
Fonte: Diário do Grande ABC