Garoa interrompe obras de viaduto em Santo André

Cerca de 20 operários trabalham nas obras de reparos do Viaduto Adib Chammas, na cidade de Santo André. E eles seguem à risca uma determinação da empresa: ao menor sinal de uma garoa que seja, todas as intervenções devem ser interrompidas. Além disso, os trabalhadores informaram que a conclusão das obras pode demandar pelo menos mais 30 dias. A Prefeitura rebate a informação, e garante que até o dia 31 o viaduto será liberado para o tráfego.

Garoou, parou. E foi exatamente isso que aconteceu ontem pela manhã. Enquanto os operários esperavam o tempo melhorar para retomar o trabalho, na pista hoje usada no sentido Centro-bairro havia longas filas de carros, e não se via a presença de nenhum agente de trânsito para auxiliar os motoristas.

No canteiro de obras, os funcionários se amontoavam dentro de uma Kombi. “Está difícil continuar as obras. Com esse tempo, a gente tem que parar a cada minuto que chove ou garoa”, disse um operário, que preferiu não se identificar. “Isso aqui vai levar mais um mês ainda. A gente tem que abrir todas as juntas”, continuou.

Enquanto isso, o caos predomina no trânsito andreense. Na Rua Catequese, por exemplo, onde está instalado o gabinete do secretário da Sosp (Secretaria de Obras e Serviços Públicos), Alberto Rodrigues Casalinho, ao meio-dia, o trânsito já estava caótico. Agentes de trânsito estavam apenas nos cruzamentos com as avenidas Padre Anchieta e Dom Pedro II – também intransitáveis.





Há uma semana, o Diário procura o secretário da Sosp, para que ele explique à população o que a Prefeitura pretende fazer para resolver o problema no trânsito. Casalinho também pode responder quando os outros viadutos serão reformados, uma vez que engenheiros já apontaram a urgência das manutenções. Porém, mais uma vez ele se calou.

Nota da assessoria de imprensa, porém, informou que os serviços podem ser executados sob garoa, e que existe supervisão de fiscal da Prefeitura.

‘Desço do ônibus e vou a pé. É mais rápido”

Usuários de ônibus de Santo André que moram no 2º Subdistrito têm passado por muitas dificuldades quando precisam chegar ao Centro. Às vezes, é melhor descer do ônibus e terminar a viagem a pé.

O conferente Robson Oliveira Leite, 28 anos, mora no Jardim Curuçá e prefere fazer dessa forma. “Quando o ônibus está perto da Avenida dos Estados, desço e vou até o terminal caminhando. É bem mais rápido”, garantiu. “Fica tudo parado. Depois que fecharam o viaduto (Adib Chammas) está mais difícil chegar no horário nos meus compromissos”, completou.

Quem não tem a disposição para enfrentar 20 minutos de caminhada é obrigado a ficar dentro do ônibus lotado. “É puro sofrimento. Da Avenida dos Estados até o terminal central passou a ser o trecho mais demorado da viagem”, criticou a aposentada Flora Quiterina, 56 anos.

A equipe do Diário acompanhou uma linha que sai do Jardim Sorocaba e vai até o Centro. O trânsito flui normalmente até o Viaduto Pedro Dell”Antonia. Ali, o engarrafamento começa a partir das 16h.

Fonte: Diário do Grande ABC





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