Laboratórios em Santo André

O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC assinou contrato com o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) para mapear as áreas de risco de quatro das sete cidades da região que ainda não possuem plano de prevenção a desastres naturais. As regiões contempladas são a cidade de Santo André, São Caetano, Cidade de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. A entidade irá pagar R$ 680 mil para realização do trabalho, que terá duração de 13 meses.

Segundo a pesquisadora do laboratório de riscos ambientais do instituto e coordenadora do projeto, Kátia Canil, os municípios irão auxiliar o IPT. “Vamos mapear as áreas de risco conforme indicações das prefeituras, por meio da Defesa Civil. Será feito todo o diagnóstico com detalhes, além de propostas e indicações de medidas de controle a desastres naturais”, explicou a especialista.

Será realizada reunião, até o fim deste mês, entre representantes das administrações municipais e o instituto, para troca de dados sobre as áreas de risco. A expectativa é que o Consórcio tenha o primeiro resultado do estudo no fim de janeiro.

“Vamos iniciar, pelo menos, o reconhecimento das áreas. Vai depender do produto que as prefeituras têm, e também dessa primeira conversa. O apoio dos municípios é fundamental, porque é um trabalho realizado em conjunto”, disse Kátia.

No entanto, como o prazo para entrega do mapeamento completo é de 13 meses, as informações só serão efetivamente utilizadas no verão de 2013 e 2014. De acordo com a coordenadora do projeto, como o IPT é vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, a intenção é colher informações sobre áreas de alagamento da região com a Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos.





O presidente do Consórcio e prefeito de Rio Grande da Serra, Adler Kiko Teixeira (PSDB), disse que a intenção é, após a finalização do estudo nessas quatro cidades, integrar as informações com as de São Bernardo, Mauá e Diadema, que já possuem plano de redução de danos causados por fenômenos naturais.

“É um projeto que a Defesa Civil clamava para que existisse, a fim de projetar o plano regional. Acho que nos últimos quatro anos, houve avanço muito importante com essa sinergia que se formou entre as defesas civis dos sete municípios. Hoje, elas trabalham em conjunto, uma dando suporte para outra, com grau de eficiência bastante parecido, porque o Consórcio equipou todas elas”, disse Kiko.

Desde 2011, a entidade investiu R$ 730 mil na estruturação das defesas civis da região. Ao todo foram entregues duas viaturas para cada município, além de equipamentos de apoio à capacitação e mobilização de Nudecs (Núcleos de Defesa Civil).

MACUCO
Por conta das tragédias do verão de 2010 e 2011 em Mauá, que registraram seis mortes resultantes de fenômenos naturais na cidade, a Prefeitura de Mauá contratou o IPT para fazer o plano das áreas de risco. O prefeito Oswaldo Dias (PT) disse que o estudo irá ajudar na urbanização do morro do Macuco, que está em projeto e prevê retirada de famílias em locais considerados críticos pelo laudo.

Fonte: Diário do Grande ABC





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