Orquestra Sinfônica de Santo André se apresenta no Teatro Municipal

A execução das obras do austríaco Anton Bruckner, para a Orquestra Sinfônica da cidade de Santo André, e o maestro Carlos Moreno, representam a busca por um público que há muito tempo deixou de frequentar as salas de concerto: o que aprecia e se emociona com a apresentação das grandes obras clássicas mundiais.

Uma plateia de sensibilidade, gente como o séquito de fiéis seguidores do grupo andreense, que Carlos Moreno visualizou como ideal para sentir o romantismo do austríaco.

E é durante os concertos deste fim de semana que a Ossa continua a desatar o circuito das composições de Bruckner, com a “Sinfonia nº 8, em Dó Menor”. Iniciado em 2009, o projeto termina neste ano. Mais seis repertórios do romântico estão previstos nas apresentações até dezembro.

Mas não é só o coração que pauta as obras brucknerianas. Segundo Moreno, o virtuosismo na execução é essencial para que ele atinja os sentidos. “Bruckner só dá certo se for bem tocado. Se for mal tocado, é uma música que não funciona”, revelou o maestro ao Diário na apresentação do repertório deste ano.

Também lista nas apresentações “Concerto para Piano nº 21, K 467″, de Wolfgang Amadeus Mozart. No piano, a solista Sonia Rubinsky está de convidada especial.





IMENSO AFRESCO
Entre todas as sinfonias elaborada por Bruckner, a ”8ª” é a considerada a mais monumental. Em analogia a ”5ª” Sinfonia, em Dó Menor, de Beethoven, a composição de Bruckner às vezes é designada como a ‘sinfonia do destino”, mas há controvérsias, pois consideram Beethoven impregnado da figura humana em sua composição, ao contrário de Bruckner, que nesta sua obra busca a missão de revelar uma verdade divina, mais próximo do retrato de Deus, numa luta que não reflete propriamente o status do ‘está escrito”.

A 8ª é composta por quatro movimentos: Allegro Moderato, Scherzo, Adagio e Finale.

MOZART
A composição “Concerto para Piano nº 21, K 467”, do também austríaco Wolfgang Amadeus Mozart , é quase clássico do cinema pelo tanto que já foi utilizada por cineastas em suas criações. Leve e de movimentos graciosos, a obra será tocada por Sonia Rubinsky, brasileira que hoje reside em Paris e já teve, em uma de suas gravações das obras completas de Villa-Lobos, indicação para o Grammy

Orquestra Sinfônica de Santo André – Concerto. Sáb e dom., às 20h. No Teatro Municipal de Santo André – Praça 4º Centenário. Tel.: 4433-0789. Grátis.

Fonte: Diário do Grande ABC





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