O vice-presidente do PSDC de Santo André, Adriano Giovanni Pieroni, 47 anos, foi solto por volta das 21h de ontem após ter sido concedido pela Justiça um alvará de soltura. Ele estava preso na cadeia pública de São Caetano desde a madrugada de terça-feira. O político foi indiciado por crimes de injúria racial e desacato, após acusação de ter chamado o guarda-civil municipal Jucélio Marciano da Silva, 38 anos, de “preto e macaco”. Na delegacia, Pieroni negou o crime.
O incidente ocorreu em frente ao velório municipal, pertencente ao Hospital São Caetano, na região central da cidade. Ali, além de Jucélio, outros dois guardas-civis faziam o patrulhamento do local – três pessoas estavam sendo veladas e o movimento era intenso. Entre elas, Eduardo Augusto de Rezende, 47, de São Caetano, primo de Pieroni, morto com vários tiros no rosto – o assassinato está sendo investigado pelo 95º Distrito Policial de São Paulo, localizado no bairro Heliópolis.
Ao retornar da padaria e ter se deparado com os guardas, Pieroni teria se revoltado. “Vocês ficam aqui na frente do velório fazendo nada. Vão prender ladrão, seus m…”, teria dito o político, conforme declaração registrada no boletim de ocorrência.
Na sequência, teria agredido verbalmente a vítima por ser negra. “Além de palavras de baixo calão, ele disse que ‘preto não é gente’ e me perguntou se eu ‘queria banana’. Sem truculência, dei voz de prisão e fomos para o 1º Distrito Policial da cidade”, contou Jucélio, há dez anos na corporação e pai de três filhos.
Fonte: Diário do Grande ABC
Para que crime inafiançável se impunidade prevalece.l